A duna na estrada e a mente atrasada. Qual desses dois é o obstáculo de Parnaíba?

O impacto que a globalização trouxe às muitas sociedades do mundo, nem sempre se mostra positivo. Esse impacto possibilita até mesmo transformar coisa besta em espetáculo pirotécnico, e o que é pior, sem beneficio algum para o seu público.

Em Parnaíba requerimento de vereador ou até mesmo uma postagem em sua rede social, é motivo suficiente para os novos “Entendedores de Jornalismo” estampar um quase “Tabloide” sobre aquele político.

Analisando aqui os dois lados de uma só história, pude concluir que não havia necessidade de tamanha polêmica sobre um assunto tão positivo para toda a sociedade parnaibana.

É que o vereador Irmão Marquinhos (PSL), postou em sua rede social, onde só seguem aqueles que se identificam ou simpatizam com o mesmo, uma espécie de prestação de contas de seu mandato, referindo-se a uma obra de iniciativa privada, mas que contou com sua colaboração.

O outro lado dessa história, é que um comunicador sentiu-se no direito de ir até o local da obra, e lá tentar “desmascarar”  o vereador. Tudo isso para ficar provado por A mais B, que a boa iniciativa não era o foco do “material jornalístico”, e sim a incansável tentativa de mostrar uma tal mentira, que ninguém entendeu nada ao final.

É válido destacar que o comunicador tem sua liberdade de abordar os assuntos que lhe convém, agora, em se tratando de coisa benéfica para o bem comum, não seria mais interessante mostrar que aquela obra tem seu valor fundamental para o desenvolvimento de Parnaíba?

Ouvimos o vereador Irmão Marquinhos que disse à nossa reportagem que participou sim, da elaboração dos trâmites que resultaram na obra de desobstrução da pista que dá acesso à Lagoa do Portinho.

“É claro que um vereador jamais teria o poder de executar uma obra, eu nunca disse que executo obra alguma nesta cidade. O meu papel é legislar, o que significa dizer que eu solicito, eu peço, eu cobro para que algo seja feito em favor dessa, ou daquela comunidade. Em se tratando dessa obra de desobstrução da estrada, eu participei sim da elaboração dos pedidos junto ao empresário Evandro que é amigo meu e irmão em Cristo” explicou o vereador.

Em um vídeo editado pelo comunicador, há um trecho em que o mesmo busca informações sobre a obra com um motorista de caçamba. Quando você dono ou dona de casa quer executar uma obra na sua residência, o obvio é, de que quem pode responder pelas execuções são apenas duas pessoas, a primeira delas é você que custeia a obra, e a segunda é a pessoa intitulada “Chefe da Obra”, qualquer outro que fale na ausência dessas duas pessoas, pode ter sua fala questionada pela ilegitimidade do caso.

Em nota o próprio Evandro dono do empreendimento e responsável pela obra de desobstrução da pista,  admite que sim, o vereador Irmão Marquinhos participou desse processo, e que portanto, o mesmo tem a condição de falar sobre o assunto, pois estava nos bastidores articulando com o empresário a consolidação daquela obra.

Meus amigos e minhas amigas, o chato nessa história, não é nem ter que vir a público tentar explicar de uma forma mais clara, sobre um assunto que não merecia tamanha “frescura”. O que entristece há muitos, é saber que uma cidade que se propõe a ter como vocação o turismo, acaba se engalfinhando em algo tão pequeno.

Já não se discute nos dias de hoje a importância, dessa ou daquela obra, não, querem logo saber quem roubou, quem vai roubar ou até mesmo colocar catinga como baratas e dizer “Isso não vai dar certo”.

As dunas estavam ali há anos, e ninguém fez nada, ninguém. Tanto é, que fizeram um outro caminho paralelo a pista, porque, entendiam que não dava mais para lutar com a natureza. O lado bom da iniciativa privada, é esse, mostrar resultados, encarar o problema de frente, sem as amarras da burocracia pública, que em muitos casos mais permite o retrocesso do que o avanço.

Então meus colegas de imprensa a quem trato aqui nesse texto com o mais absoluto respeito, por entender que vocês podem sim, abordar seus assuntos, peço a reflexão de enxergar nessa história um lado bom, e é só o que tem. Quem fez, quem não fez, quem disse ter feito, ou não disse ter feito, isso é o que menos importa, sejamos racionais, não vamos desvirtuar os temas bons de serem explorados, por causa de diferenças pessoais ou políticas.

Esclarecido o assunto, rendemos então, o nosso gesto de reconhecimento ao empresário Evandro pelo seu esforço que tão bem fará ao turismo deste estado, tão sofrido e esquecido há anos, esse sim é um fato!

Por: Tiago Mendes