quarta-feira, 1 de julho de 2020

Presidente nega que partiu da mesa diretora o pedido de aumento de vagas na Câmara


O presidente da Câmara Municipal de Parnaíba, vereador José Geraldo Alencar Filho (PSL), negou que a sessão que votaria o aumento do número de vereadores nesta quarta-feira (01), partiu da mesa diretora. 

Geraldinho se pronunciou após a repercussão do assunto na imprensa de todo o estado. O presidente disse em entrevista à TV Clube e à Rádio Liderança 95, 1 que no momento há outras prioridades a serem discutidas pela câmara, e que mesmo que a matéria chegasse no plenário não contaria com o voto da maioria dos vereadores. 


Em sua entrevista o presidente disse sem citar nomes, que um dos vereadores mostrou-se interessado em acelerar essa votação. 

Nossa reportagem ouviu de fontes que um dos vereadores interessados no assunto era Ronaldo Prado (Cidadania).

Por telefone o vereador Ronaldo respondeu que a proposta partiu da mesa diretora, e que há um entendimento da maioria, de que o aumento de 17 para 19 cadeiras no plenário não causaria nenhum impacto no orçamento do poder legislativo.

"Aumentando ou não o número de  vereadores não causa nenhuma despeza para o poder legislativo (...) todos os vereadores independente de ser a favor ou não decidiram não apresentar, e não seria eu que apresentaria é um projeto de resolução da mesa diretora" explicou Ronaldo Prado.

Diante da fala dos vereadores que se manifestaram sobre o assunto, ficou claro que esse aumento de duas cadeiras no plenário da câmara não deve voltar a discussão nos próximos dias, apesar da mudança ser viável para Parnaíba.

Entenda

De acordo com o censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Parnaíba tinha uma população de 145. 705 habitantes. Na projeção atualizada para o ano 2019 esse número saltou para 153. 078 habitantes o que permite a alteração do número de vereadores pela proporção de habitantes.

Mas para haver essa alteração, o regimento interno da câmara sofreria  alterações, e a mudança teria que ser comunicada à Justiça Eleitoral, que se manifestaria pelo sim ou não. 

O coeficiente de votação para os vereadores também seria modificado. Cada partido com a alteração já anunciada, teria que contar com pouco mais de 4 mil votos, para eleger um vereador, de um suposto grupo de candidatos que pretende eleger pelo menos dois vereadores.

A mudança não seria tão simples, porque agora com o adiamento das eleições para novembro deste ano, os vereadores teriam que correr contra o tempo e aprovar a matéria antes do prazo das convenções. Mesmo não sendo ilegal os vereadores querem evitar um desgaste desnecessário em um ano totalmente atípico das eleições já realizadas na história do país.