Nos bastidores da política parnaibana, tinha gente muito
cedo questionando a demora do tratamento de saúde do prefeito Mão Santa (DEM),
que segue internado desde o fim de semana, em um hospital particular em
Teresina.
O prefeito de Parnaíba se afastou do gabinete para cuidar de
sua saúde, após ter recebido diagnóstico positivo da COVID 19 no dia 27 de maio.
Mão Santa já tinha sido imunizado com as duas doses da vacina CoronaVac, em
notas enviadas para a imprensa, a prefeitura sempre informava que o prefeito
apresentava sintomas leves de uma gripe.
Despachando de casa, o chefe do poder executivo de Parnaíba
assinou documentos até o dia 25 de junho, como mostra o Diário Oficial do
Município. Mas no sábado Mão Santa sofreu um acidente doméstico em casa. De
acordo com a família o prefeito ficou desacordado por alguns instantes.
Mão Santa foi levado no avião do sobrinho e ex-governador Zé
Filho para Teresina, onde passou por avaliações médicas até se confirmar, que
não houve traumas em sua coluna.
Mesmo estando afastado há 33 dias do gabinete, o prefeito
manteve a maior parte desse tempo em atividade remota, o que assegura ao gestor
o direito de permanecer na cadeira.
Uma espécie de conspiração no cenário político, começou a ganhar
força nessa semana, e o principal questionamento, foi o prazo de ausência do
prefeito de suas funções, e a não substituição pelo vice-prefeito Beto Teles
(PP).
Para que houvesse essa mudança, Mão Santa teria que estar
afastado das funções por meio de pedidos formalizados por ele mesmo, ou que
houvesse necessidade de um deslocamento do prefeito para fora de seu domicílio
em um período superior à 15 dias, como diz o regimento interno da câmara, onde
a licença teria que ser aprovada em plenário, o que não é o caso.
“E um paciente que
sai de uma covid aos 78 anos, tem todo direito de trabalhar sem ser presencial
no início pra não pegar uma bactéria oportunista por exemplo” disse a filha
Maria das Graças.
Nossa reportagem ouviu na câmara vereadores da base e da
oposição sobre o assunto. Os opositores sequer comentam a possibilidade de
provocar essa discussão, eles falam que o momento é delicado e requer apoio.
Já o presidente da câmara vereador Carlson Pessoa (DEM),
disse que não tramita e não há até o presente momento nenhuma hipótese de
discutir e aprovar a licença.