Os recentes comportamentos de colegas da imprensa em
Parnaíba me chamaram a atenção para uma triste realidade, o desrespeito
predominante e crescente que está entre a classe.
Em Parnaíba essa condição que foi imposta lá no passado, e que
ainda não foi banida, vem prejudicando os comunicadores e suas famílias. Quando
a ofensa não vai diretamente para o colega da área, ela atinge em cheio os seus
parentes que, nada têm haver com qualquer desavença entre os comunicadores.
Os motivos são os mais fúteis que se possam imaginar, eles vão
desde a discordância de ideologia política até o ataque à honra; um verdadeiro
festival de intolerância e falta de respeito. É como se pelo fato de alguém pensar
diferente, ou discordar de determinado pensamento, fosse um crime com direito a
execração pública nas mais baixas modalidades da “esculhambação”.
Geralmente os “duelos” se dão por razões políticas, é que
quem é vermelho fala o que o azul não gosta, e consequentemente os dois lados
travam uma batalha de farpas, onde o mais fraco, se é que podemos classificar o
“vencedor” de forte, sai com as marcas de uma relação abalada socialmente.
Como eu falei no início, esse comportamento medíocre entre
os colegas da mesma profissão, começou no passado, onde a guerra era travada
nas ondas do rádio, o tempo parece não ter apresentado o avanço da cordialidade
e das regras de respeito entre os mesmos.
Bem diferente daqui, a esmagadora maioria dos que fazem a
imprensa em Teresina, agem de forma diferente, pelo menos é o que se vê em
público. Por lá, até os que divergem de suas opiniões, mantém uma relação
social respeitosa, seja na prática de suas funções, como na vida real. Dá gosto
de ver.
Das vezes que li ou até mesmo ouvi as ofensas entre os
colegas, me veio o sentimento de angustia, não por tomar dores, mas sim pelo
clima chato que se forma nos momentos em que deveríamos nos confraternizar. Aliás,
é em Parnaíba que acontece a “Semana da Imprensa” evento único no país, onde os
profissionais dos mais diferentes meios de comunicação se encontram.
Por obrigação deveríamos nos fazer exemplo, ao invés de
incentivar o crescimento de um exército de guerrilhas entre os colegas. Desqualificar
alguém para mostrar força, não é o caminho. Por todas essas situações eu peço
paz, e ofereço uma bandeira branca.
Em casos de discordar do pensamento alheio, vale apenas a
sugestão de uma nota de rebatimento. Até porque, quem já sentiu na pele a dor
de ser envergonhado (a) em público, não pode desejar o mesmo para outra pessoa.
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