Foto: AP Photo/Carolyn Kaster
O presidente
eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou Meryl Streep como
"puxa-saco de Hillary [Clinton]" e "adoradora de Hillary", ao reagir ao discurso da atriz no Globo de Ouro,
que aconteceu neste domingo (8). Homenageada na premiação, a atriz
celebrou a diversidade e fez críticas ao discurso anti-imigração do
republicano.
Meryl criticou Trump por imitar um jornalista com doença congênita
durante um discurso a apoiadores na campanha presidencial, quando ela
foi ao palco para receber uma homenagem no Globo de Ouro. "Quando algo
assim é feito por alguém poderoso, impacta a vida de todos, porque meio
que dá a permissão para que outros façam a mesma coisa. Desrespeito
convida desrespeito. Violência incita violência."
Em entrevista ao "The New York Times" na manhã desta segunda (9), Trump
disse que não assistiu à fala de Streep, mas que não ficou surpreso com
o ataque do que chamou de uma das "pessoas liberais do cinema". Ao
jornal, ele disse que a atriz era "adoradora" de Hillary ("Hillary
lover").
Em sua página no Twitter, ele comentou o assunto, criticando a atriz:
"Meryl Streep, uma das atrizes mais superestimadas de Hollywood, não me
conhece, mas me atacou ontem no Globo de Ouro. Ela é uma puxa-saco de
Hillary." A expressão "flunky" também pode ser traduzida como "serva".
O Globo de Ouro, cujos prêmios são entregues pela Associação de
Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla original), foi o
último grande evento de Hollywood antes da posse do novo presidente, em
20 de janeiro. A atriz foi condecorada com o Cecil B. DeMille Award,
pelo conjunto da obra, e fez um discurso emocionado e contundente
pró-estrangeiros nos EUA.
Streep chegou a dizer: "Hollywood está lotada de forasteiros e
estrangeiros e, se os deportássemos, vocês não teriam nada para ver além
de futebol e MMA".
Ao "New York Times", o republicano disse que não teve a intenção de
ridicularizar o repórter. "As pessoas ficam dizendo que eu pretendia
zombar da deficiência do repórter, como se Meryl Streep e os outros
pudessem ler minha mente. Eu não fiz isso", afirmou.
No Twitter, Trump também se defendeu da acusação. "Pela centésima vez,
eu nunca ridicularizei um repórter deficiente, nunca faria isso.
Simplesmente o mostrei 'rastejante' quando mudou completamente uma
reportagem de 16 anos atrás para me prejudicar."
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