Perplexa, é assim que se encontra a maioria da população
parnaibana com os últimos acontecimentos. Depois de uma execução aos moldes do cangaço
à um empresário, agora a violência faz de um guarda municipal, a vítima da vez.
O crime contra o empresário Janes Castro sequer completou
uma semana, e o que nos causa um susto maior ainda, é tomar conhecimento de que
os errados mandam para os seus lugares àqueles que tem a função de zelar pela
ordem de todos.
O guarda municipal Marcos Vinicius no exercício de sua
função, sofreu agressões covardes de quem já saiu de casa mal-intencionado, e
ao que tudo indica, disposto a tudo para resolver seus “problemas”.
O que nós apuramos, é que essa, não era a primeira vez que o
suspeito de matar o agente público fugia a seu dever. Trabalhar como Moto-taxista
requer cumprimento de regras como qualquer outra função, e isso inclui assumir
encargos, ficar em dia com os órgãos de fiscalização e seguir padrões.
Na regra geral um guarda civil municipal, têm a função de
zelar pela segurança das cidades, eles exercem o poder de polícia no limite de
suas atribuições e podem agir em nome da Lei.
Muita gente nessa hora deve se perguntar, e onde estava o
armamento desses agentes? É importante lembrar que o ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu no dia 29 de junho de 2018,
que integrantes de todas as guardas municipais do país podem portar armas de
fogo durante o horário de trabalho e de folga. Mas quem trabalha em municípios
com mais 50 mil e menos de 500 mil pessoas só pode usar armamento em serviço.
Perguntamos ao secretário de trânsito, transporte e
articulação com as forças de segurança, Maurício Machado sobre o uso de
armamentos para a defesa dos agentes, se já existe ou se há planos para equipar
esses agentes?
O secretário disse que vai escolher um momento oportuno para
esclarecer sobre o assunto, que pelo fato de estar presente no velório do
agente Marcos Vinicius não teria como responder.
Essa visível fragilidade do sistema, precisa dar espaço a
uma resposta firme. É simples, ou a pasta responde ao crime com maior rigor,
aumentando a fiscalização, punindo aqueles que não se encaixam no perfil dos
que realmente buscam trabalhar, ou teremos mais casos como esse, e olha que a
vida de outro agente que também foi ferido corre risco.
A inversão dos valores, é petulante quando olhamos para
casos assim. Quem saiu de casa hoje para manter a lei e a ordem, nem voltou. Já
o perfil que se segura onde acha brechas e faz da ilegalidade o motivo para a
sua “autodefesa”, encontrou hoje argumentos para justificar o injustificável.
Tem gente que ainda vai dizer “O coitado estava querendo
trabalhar, mas nessa cidade ninguém pode vencer na vida, tem que pagar essa
estrutura política”. Paciência. Estamos vivendo a época onde a roda pequena,
quer engolir a maior a todo custo, mesmo sabendo que essa missão é impossível.
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