quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Guarda Municipal é assassinado ao tentar cumprir a lei

 


Perplexa, é assim que se encontra a maioria da população parnaibana com os últimos acontecimentos. Depois de uma execução aos moldes do cangaço à um empresário, agora a violência faz de um guarda municipal, a vítima da vez.

O crime contra o empresário Janes Castro sequer completou uma semana, e o que nos causa um susto maior ainda, é tomar conhecimento de que os errados mandam para os seus lugares àqueles que tem a função de zelar pela ordem de todos.

O guarda municipal Marcos Vinicius no exercício de sua função, sofreu agressões covardes de quem já saiu de casa mal-intencionado, e ao que tudo indica, disposto a tudo para resolver seus “problemas”.

O que nós apuramos, é que essa, não era a primeira vez que o suspeito de matar o agente público fugia a seu dever. Trabalhar como Moto-taxista requer cumprimento de regras como qualquer outra função, e isso inclui assumir encargos, ficar em dia com os órgãos de fiscalização e seguir padrões.

Na regra geral um guarda civil municipal, têm a função de zelar pela segurança das cidades, eles exercem o poder de polícia no limite de suas atribuições e podem agir em nome da Lei.

Muita gente nessa hora deve se perguntar, e onde estava o armamento desses agentes? É importante lembrar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu no dia 29 de junho de 2018, que integrantes de todas as guardas municipais do país podem portar armas de fogo durante o horário de trabalho e de folga. Mas quem trabalha em municípios com mais 50 mil e menos de 500 mil pessoas só pode usar armamento em serviço.

Perguntamos ao secretário de trânsito, transporte e articulação com as forças de segurança, Maurício Machado sobre o uso de armamentos para a defesa dos agentes, se já existe ou se há planos para equipar esses agentes?

O secretário disse que vai escolher um momento oportuno para esclarecer sobre o assunto, que pelo fato de estar presente no velório do agente Marcos Vinicius não teria como responder.

Essa visível fragilidade do sistema, precisa dar espaço a uma resposta firme. É simples, ou a pasta responde ao crime com maior rigor, aumentando a fiscalização, punindo aqueles que não se encaixam no perfil dos que realmente buscam trabalhar, ou teremos mais casos como esse, e olha que a vida de outro agente que também foi ferido corre risco.

A inversão dos valores, é petulante quando olhamos para casos assim. Quem saiu de casa hoje para manter a lei e a ordem, nem voltou. Já o perfil que se segura onde acha brechas e faz da ilegalidade o motivo para a sua “autodefesa”, encontrou hoje argumentos para justificar o injustificável.

Tem gente que ainda vai dizer “O coitado estava querendo trabalhar, mas nessa cidade ninguém pode vencer na vida, tem que pagar essa estrutura política”. Paciência. Estamos vivendo a época onde a roda pequena, quer engolir a maior a todo custo, mesmo sabendo que essa missão é impossível.

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