Toda eleição tem as suas particularidades. Essa, não é diferente. A
palavra “corrupção” nunca esteve tão presente na vida das pessoas. São
quase quatro anos de Operação Lava Jato e uma cobertura da mídia jamais
vista na história recente do Brasil. Aliás, o aspecto midiático tem sido
uma ferramenta bastante utilizada para que cheguem a todos os lares
brasileiros, os casos descobertos, investigados e julgados por juízes e
procuradores que atuam nesta investigação. A discussão de mérito não é o
objetivo aqui. Existem pontos positivos e negativos que renderiam
várias e várias reflexões.
O resultado de tudo isso, pelo menos é o
que as pesquisas apontam e o que se ouve no trabalho, no supermercado e
em qualquer lugar que se ande, é uma exigência cada vez maior por parte
do eleitor em relação a reputação dos candidatos. O que se vê de fato,
em termos de exigência, é a honestidade de quem pretende ocupar um cargo
público. Essa tem sido a principal herança desse trabalho de passar o
Brasil a limpo.
Mas será que só isso é suficiente para mudarmos o
perfil da classe política brasileira? Ainda é muito tímida a discussão
de propostas, a contestação do que está posto, a apresentação de novos
caminhos.
Não esqueça que já usamos neste texto a palavra reputação. O que precisamos entender é que, em muitos casos, o novo pode ser apenas a
aparência, mas, na verdade, a essência, é a mesma de sempre. Velhas
práticas, métodos antigos, que no embalo do que está na moda, encontram
uma forma de ressurgir tentando fazer com que todos sigam o famoso
“efeito manada”, onde todo mundo é induzido a reagir de forma idêntica e
seguir na mesma direção.
Cada um de nós sempre teve e sempre terá
um papel importante não só nas eleições, mas no cotidiano. Cidadania
não se faz apenas com o voto, mas principalmente com fiscalização,
cobrança, denúncia. Uma outra lição que já aprendemos, é que não existem
salvadores da pátria. O Brasil, o Piauí, a cidade em que vivemos, serão
administrados por seres humanos, com suas virtudes e seus defeitos.
Mais
importante do que entrarmos nesta guerra inútil dos certos contra os
errados, é sabermos usar nossa capacidade de diferenciar o que é bom do
que é ruim. Escolher o que poderá dá resultados do que não passa de um
produto de marketing, uma falsa promessa. Essa análise vale para todos
aqueles que pretendem entrar na política como aqueles que desejam
continuar na vida pública.
DA SÉRIE: “PREVISÕES PARA O FUTURO”
Um
aspecto interessante deste pleito, é a sequência de apostas, até agora,
sem sucesso, em fatos que desestabilizassem o mandato de Wellington
Dias.
PARTE 1
Primeiro, surgiram diversas
denúncias de esquemas de corrupção. Em várias secretarias, existiriam
acordos que rendiam propinas para agentes públicos e empresários. Nada
comprovado até agora.
PARTE 2
Em seguida,
veio o famoso racha da base aliada. Um fato dado como certo mas que se
mostrou, até agora, nada mais que outra frustração.
PARTE 3
Depois,
foi a vez do atraso de salários. Foi dado como certo que os servidores
públicos piauienses não receberiam a remuneração de dezembro e nem o 13º
salário. Não se concretizou.
PARTE 4
O
capítulo mais recente desta novela, é a segunda parcela do empréstimo.
As irregularidades, os desvios de finalidade, não permitiriam que a
Caixa Econômica Federal depositasse nos cofres do Governo do Estado os
R$ 315 milhões. Nos próximos dias, o dinheiro será liberado e mais uma
vez, a previsão de caos vira fumaça.
VALTER E LUCIANO
A
oposição, de fato, tem dois nomes definidos. Pelo PSDB, o deputado
Estadual Luciano Nunes e pelo PSC, o advogado Valter Alencar. Dois nomes
que surgem com a proposta de um debate de nível, sem baixarias. Sendo
assim, é bom que alguns apoiadores dos dois candidatos fiquem atentos a
esta mensagem e não percam tempo com exercícios sem resultados de
futurologia.
Fonte: Portal Douglas Cordeiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário