quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Filhote de peixe-boi encalha duas vezes no litoral do Piauí e é resgatado



Um filhote de peixe-boi marinho encalhou duas vezes na terça-feira (6) na praia do Coqueiro, em Luís Correia, litoral do Piauí. Na primeira vez, turistas tentaram levar o animal para perto dos pais, mas ele voltou para a areia e foi resgatado por biólogos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O chef de cozinha Fernando Araújo tentou a primeira reintrodução do animal ao seu habitat natural. “Vi a movimentação de turistas, troquei de roupa e entrei na água. Toda vez que a gente colocava na água, ele voltava, aí eu nadei cerca de 20 metros e deixei ele perto da mãe e do pai dele”, contou.
 
Segundo Heleno Francisco, coordenador da Base Peixe-Boi, localizada em Cajueiro da Praia, essa foi a ação mais correta. “É a atitude perfeita. Se ele não estiver doente ou machucado, o ideal é deixar ele perto dos pais, porque esse animal é amamentado até os dois anos”, explicou.

 
Contudo, horas depois, o filhote voltou a encalhar. A situação não é comum, o que deixa os especialistas em alerta porque o animal pode estar doente. Devido ao encalhe recorrente, o filhote foi resgatado e passará por um processo de biometria.

   
“Vamos medir, pesar, coletar fezes, sangue, pele, será um processo laboratorial para obter dados sobre a saúde, saber por que ele está encalhando. Depois ele irá para um centro de recuperação, onde será amamentado em cativeiro até poder voltar ao habitat natural”, disse o coordenador.

Ameaçados de extinção

Animal chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia, no município de Luís Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta Animal chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia, no município de Luís Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta

Animal chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia, no município de Luís Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta

O último encalhe de peixe-boi no litoral piauiense aconteceu em julho deste ano, mas o animal já estava morto. Antes disso, o último caso havia sido registrado em 2012. A maior preocupação dos especialistas se dá porque o animal está ameaçado de extinção.

Fonte: G1 Piauí

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