Um filhote de peixe-boi marinho encalhou duas vezes na
terça-feira (6) na praia do Coqueiro, em Luís Correia, litoral do Piauí. Na
primeira vez, turistas tentaram levar o animal para perto dos pais, mas ele
voltou para a areia e foi resgatado por biólogos do Instituto Chico Mendes de
Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O chef de cozinha Fernando Araújo tentou a primeira
reintrodução do animal ao seu habitat natural. “Vi a movimentação de turistas,
troquei de roupa e entrei na água. Toda vez que a gente colocava na água, ele
voltava, aí eu nadei cerca de 20 metros e deixei ele perto da mãe e do pai
dele”, contou.
Segundo Heleno Francisco, coordenador da Base Peixe-Boi,
localizada em Cajueiro da Praia, essa foi a ação mais correta. “É a atitude
perfeita. Se ele não estiver doente ou machucado, o ideal é deixar ele perto
dos pais, porque esse animal é amamentado até os dois anos”, explicou.
Contudo, horas depois, o filhote voltou a encalhar. A
situação não é comum, o que deixa os especialistas em alerta porque o animal
pode estar doente. Devido ao encalhe recorrente, o filhote foi resgatado e
passará por um processo de biometria.
“Vamos medir, pesar, coletar fezes, sangue, pele, será um
processo laboratorial para obter dados sobre a saúde, saber por que ele está
encalhando. Depois ele irá para um centro de recuperação, onde será amamentado
em cativeiro até poder voltar ao habitat natural”, disse o coordenador.
Ameaçados de extinção
Animal chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia,
no município de Luís Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta Animal
chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia, no município de Luís
Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta
Animal chamou a atenção dos banhistas na Praia de Atalaia,
no município de Luís Correia. — Foto: Instituto Tartarugas do Delta
O último encalhe de peixe-boi no litoral piauiense aconteceu
em julho deste ano, mas o animal já estava morto. Antes disso, o último caso
havia sido registrado em 2012. A maior preocupação dos especialistas se dá
porque o animal está ameaçado de extinção.
Fonte: G1 Piauí
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