Em mais um dia de discussões importantes para a sociedade
parnaibana, o que pude observar no plenário da Câmara Municipal de Parnaíba é
que ainda tem gente que insiste em desvirtuar o papel dos vereadores.
Estou me referindo aqueles que ao invés de permitir que os
legisladores exponham seus posicionamentos através de suas falas, tocam o
terror com vaias e gritos a ponto de querer sufocar as explicações deste, ou
daquele vereador (a). Ontem nem Daniel Miranda, nem Ricardo Veras, puderam
expor de maneira clara aquilo que pensavam sobre os Projetos votados.
Quando sinalizavam que iriam votar contrários, logo vinham
os gritos do fundão do plenário. Claramente apaixonados e uns até fanáticos,
desqualificaram os vereadores porque não concordavam com o executivo.
Os vereadores Carlson Pessoa (PPS), e Fátima Carmino (PT),
protagonizaram os maiores embates de ideias dentro do plenário da câmara. Os
dois também foram interrompidos com gritos de pessoas que estavam ali para
protestar de forma respeitosa, mas não foi o que aconteceu.
Se os vereadores da base ou da oposição forem favoráveis ou
contrários a qualquer matéria que esteja sendo apreciada, eles têm o direito de
manifestarem como acharem melhor. Estão ali representando uma parcela da
população que deu o voto de confiança, independente de quem concorda com eles ou
não.
O que está em jogo não é o que pensa o Pessoa ou a Carmino,
o que está em jogo é o direito que eles têm de se posicionarem sem sofrer ofensas.
Quando Fátima Carmino falou em “Chamar a polícia” eu entendi perfeitamente que
foi para manter os ânimos controlados. Vai saber o que passa na cabeça de um
fanático.
O debate e as
opiniões contrárias são comuns e naturais na democracia, o ódio e o ataque não.
Manter um ambiente de discussões civilizado é prezar pela boa convivência, quem
está disposto a argumentar, mostra ser mais preparado do que aqueles que
preferem ganhar no grito.
E se é para observar alguma falha com relação ao que se viu
ontem, prefiro dizer que se o que foi visto está correto, aprenda a militância
do PT o partido que a vereadora é filiada, a se mostrar presente nas discussões
importantes que envolvem seus representantes.
Do contrário, toda vez que a vereadora estiver em situações
como a de ontem, sentirá na pele o embate desleal da militância contrária aos
seus posicionamentos. A moral da história é, os companheiros não são apenas
para os bons momentos.
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