terça-feira, 5 de junho de 2018

Vereador Ricardo Veras sugere remoção de ambulantes das calçadas do Centro

As calçadas estreitas de Parnaíba estão sendo ocupadas cada vez mais por ambulantes que vendem toda variedade de frutas, verduras, legumes, relógios e até chips para aparelhos celulares.  Algumas lojas também contribuem com a colocação de obstáculos, expondo suas mercadorias nas portas, avançando além do que é permitido.

Os pedestres são obrigados a descer das calçadas e disputar espaço com carros e motos, e com isso existe a possibilidade de acidentes. Os transtornos maiores são de pessoas com deficiência e idosas. Um problema que se arrasta há muito tempo.

O vereador Ricardo Veras (PSD) tomou a iniciativa de falar na Câmara Municipal a situação dos vendedores e apresentou em sessão ordinária o Requerimento nº239/2018, que segundo ele, “atendendo pedido dos comerciantes do centro da cidade, e de pessoas que andam pelas calçadas e enfrentam muitas dificuldades”, diz.

Outra preocupação demonstrada pelo vereador foi a questão da imagem da cidade perante os turistas.
Ricardo Veras sugere que o município deva encontrar um lugar para que sejam colocados os ambulantes. “O meu papel como vereador é tentar buscar junto ao poder executivo as soluções, porque somente ele tem o poder de encontrar uma solução cabível”, disse.

O vereador sugere que seja feita a remoção do pessoal das calçadas para os pontos em desuso nos mercados Governador Wellington Dias, na Quarenta, zona oeste, mercado de Fátima na zona norte ou outros, possibilitando a desobstrução das ruas e das calçadas. “Estou atendendo aos comerciantes do centro da cidade e de algumas pessoas que transitam no meio das calçadas”, prosseguiu o vereador.
Os comerciantes informais  argumentam a necessidade de terem que diariamente colocar o pão na mesa da família, uma tarefa que muita gente tenta cumprir.

O vendedor Haroldo Andrade é um dos que disputam um pequeno espaço numa calçada no centro da cidade para conseguir levar dinheiro para o sustento da família. “Essa foi a forma que encontrei  de sustentar minha casa. Não tem emprego para todo mundo, o jeito é trabalhar por conta própria”, salientou. 
Por sua vez Eunice Cavalcante, que também tem banca numa calçada, disse que não possui emprego formal e está como ambulante há mais de nove anos. Ela declara que tentou arrumar outro emprego, mas sem êxito. “Acham que eu queria trabalhar aqui debaixo de sol quente e sofrendo todo tipo de preconceito? Eu não! Não é nada fácil estar aqui. É um trabalho duro, que exige força e coragem”,  fala Eunice.

Ouvida pelo jornal “Tribuna do Litoral” a secretária municipal de Infraestrutura e presidente da EMPA, a Empresa de Serviços Públicos, disse que não vai retirar nenhum ambulante das calçadas em função da falta de emprego. Sugeriu ao vereador Ricardo Veras que proponha uma audiência pública na Câmara para ouvir o que pensam esses ambulantes sobre o assunto.

Fonte: Jornal “Tribuna do Litoral”
Texto/Fotos:Camila Neto

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