O governo do estado do Piauí através da Secretaria de Estado
da Saúde nomeou nesta sexta-feira (26), Gisella Maria Lustoza Serafim para
exercer o cargo de direção do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde em Parnaíba.
A nova diretora teve seu nome divulgado no Diário Oficial do
Estado tomando posse do cargo com data retroativa para o dia 23 de julho, mesma
data em que o Blog Tiago Mendes repercutiu denuncias de servidores contratados
do estado, que prestam serviços no HEDA informando o atraso em seus salários.
Na mesma data a então diretora Adrizia Fontenele informou à
nossa reportagem, que os pagamentos não haviam sido efetuados, porque a SESAPI
aguardava o repasse da SEFAZ (Secretaria de Fazenda).
A própria Adrizia foi pega de surpresa com a substituição
anunciada hoje.
“Segundo a SESAPI são mudanças necessárias. Não sei o motivo
exato. Não fui informada” disse Adrízia.
A nova diretora nomeada pela SESAPI possui graduação em
Fisioterapia pela Universidade de Fortaleza. Ela também presta serviços no
Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela em Teresina, além de ser
professora auxiliar na Universidade Estadual do Piauí.
Ao que tudo indica Gisella Maria Lustoza Serafim é pessoa da
confiança do atual Secretário de Saúde Florentino Neto, ex-prefeito de Parnaíba,
e provável adversário do deputado estadual Hélio Oliveira (PR), pré-candidato à
prefeito de Parnaíba.
Tanto Florentino como Hélio possuem interesses políticos em Parnaíba.
E, embora compunham o mesmo grupo de sustentação ao governador Wellington Dias
(PT), já demonstraram através de suas falas à imprensa que discordam um do
outro.
Pelo tom de voz de Adrízia surpresa, fica claro que a
mudança “necessária” feita pela pasta de Florentino soa como um xeque mate.
Em sua rede social o deputado Hélio manifestou sua
solidariedade à enfermeira Adrízia ao tempo em que reconheceu os avanços
conquistados no HEDA por ela, que é fruto de sua indicação política.
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde em Parnaíba é
considerado um hospital polo regional, já que presta atendimento para milhares
de pessoas na região norte do Piauí, do Maranhão e Ceará. Por lá se registram
quase 30 mil atendimentos por mês.
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