Toda cidade tem seus problemas a serem resolvidos, e para
que eles possam ser resolvidos se faz necessária a governabilidade alinhada ao
que é prioridade. Eu começo esse texto fazendo uma pergunta, pode um cego guiar
o outro?
Entende-se por prioridade, aquilo que possui importância preferencial,
ou seja, aquilo que deve ser considerado primeiro. Pois bem, para solucionar os
principais problemas de Parnaíba, o prefeito Mão Santa precisa ter apoio, que se
traduz em governabilidade e o livre exercício de sua função.
Sem essas duas coisas que citei fica difícil para qualquer
partido, ideologia ou grupo político, como queiram classificar, colocar em
prática um plano de ação.
Na semana passada um vídeo que foi compartilhado em rede
social, ganhou quase um expediente inteiro no plenário da Câmara Municipal de
Parnaíba. Tratava-se de um posicionamento do prefeito sobre as merendas
escolares, que Mão Santa afirma estar em dia, enquanto alguns dizem o
contrário.
A vereadora Fátima Carmino (PT), levou para o plenário um
pedido de Moção de Repúdio ao prefeito por suas declarações no vídeo, mas ela
foi voto vencido com essa pauta. Oito vereadores destacaram ações do prefeito
em benefício da classe dos professores, e citaram reajustes salariais, o
pagamento do piso, de acordo com o modelo nacional, reformas de escolas e a
garantia de merenda escolar nas escolas do município.
Os oito vereadores que derrubaram a pauta da vereadora,
argumentaram que esses feitos deveriam ser considerados, embora alguns tivessem
concordado que houve excesso. Fátima e mais quatro vereadores não conseguiram
repudiar o prefeito.
Nessa queda de braço do jogo político, algumas coisas
deixaram de ser levadas em conta. Uma delas é que o próprio poder legislativo
composto pelos 17 vereadores poderia estar adiantando pautas, que de fato
surtisse melhor efeito na vida dos parnaibanos.
As questões que envolvem as centenas de famílias que tiveram
seus bens destruídos no período chuvoso deste ano, cobrar empenho de
parlamentares a nível de estado e federal em favor dessas pessoas, por exemplo.
Tanto os vereadores, como o prefeito tem suas prioridades na
agenda do dia-a-dia, e os munícipes sairiam com muito mais benefícios de uma
queda de braços do jogo político, se nessa batalha, eles lutassem para mostrar
quem deles ali, mais apresentava resultados em favor dos milhares de
parnaibanos.
A tentativa de sistematizar motins e conchavos em desfavor
de uma figura política por não simpatizar com ele ou ela, torna aqueles que
possuem capacidade de melhorar o meio social em inúteis.
A classe política de Parnaíba precisa pensar uma cidade com
os olhos do futuro e com grandeza, não estamos na hora do recreio onde
geralmente se organizavam brincadeiras como o cabo de guerra. É preciso se dar
conta do quanto cada ente público é responsável por tornar essa cidade melhor.
É preciso entender que os tempos são outros, e que o Brasil
com esse governo que está ai, ainda busca encontrar uma saída para o caos que
nós sabemos que ainda existe, mas que não surgiu no período carnavalesco de
2019. Basta olhar de cima para baixo, e será possível enxergar que nas três
esferas do poder público está havendo um jogo de cintura para organizar a casa.
O governador Wellington Dias (PT), é outro exemplo disso, os
professores tiveram que ir até a justiça, cobrar a efetivação de reajustes
salariais, que ele mesmo chegou a dizer em coletivas de imprensa, que o estado
não tinha como reajustar por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Para falar a verdade, o governador que foi reeleito em
outubro do ano passado está nos primeiros dias de seu quarto mandato, porque
agora, há poucos dias foi que o governo começou a funcionar depois da fatídica reforma.
Então para ser franco, não é mais aquela história de onde a
cor de um partido governa é que dá certo, estão todos eles no mesmo carrossel,
misturando suas cores ideológicas no caldeirão do achismo, onde o que menos
parece importar é a sua opinião como cidadão ou cidadã.
Se você quer resultado diante de tudo isso que você está
assistindo no noticiário diário, é só cobrar empenho coletivo de quem para quem
você confiou seu tão valioso voto nas eleições passadas. Sem governabilidade,
não dá!
Por: Tiago Mendes
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