quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Censura: onde um erro isolado prejudica uma classe inteira




Um episódio isolado que foi registrado na semana passada em Teresina, onde o jornalista Arnaldo Ribeiro da TV Antena 10 (RecordTV), chamou um policial militar de “bostinha” acabou ganhando proporções inimagináveis, e a classe de repórteres e comunicadores vem pagando esse pato até hoje.

É que por causa desse comentário, repito isolado, que partiu do Arnaldo Ribeiro e não da classe de repórteres, os policiais resolveram revidar com a imprensa de todo o estado do Piauí.

Nas ocorrências que tem sido registradas pela imprensa de Teresina até o litoral do estado, os soldados, praças e sargentos tem evitado conversar com os repórteres de todas as emissoras, sem exceção. Eles alegam estar cumprindo ordens do comando. 

Em contato com o Comandante do 2º Batalhão Major Osmar da Polícia Militar em Parnaíba, Tenente Coronel Antônio Pacífico abordamos o assunto, mas o próprio comandante disse desconhecer ter dado essa “ordem” aos seus homens.

Ouvindo o que disseram alguns policiais, e o que disse o comandante, não me resta nenhuma dúvida de que há um grande equivoco nessa história toda. A começar pela generalização da classe, um jornalista se excedeu e chamou um policial de “bostinha” eu pergunto, o que a classe inteira de profissionais da comunicação tem haver com esse comentário infeliz?

Se fosse para fazer o jogo do olho por olho e dente por dente, a honrosa polícia militar deveria pagar pelos erros isolados de alguns de seus membros; certo ou errado? A minha opinião é, errado, e é tanto que assim eu não procedo.

Esse mal estar tem que ter fim o quanto antes, a sociedade não pode pagar o preço de decisões tomadas por impulso, que prejudicam diretamente o direito que as pessoas têm de serem informadas. É preciso deixar claro que a imprensa é, e sempre será o elo entre os fatos e a sociedade espectadora.

Punir uma classe por causa de um comportamento isolado, é agir de maneira amadora, e sem medir as consequências ruins que isso causa para todos. Faço um apelo ao Comando Geral da Polícia Militar do Piauí através do Coronel Carlos Augusto, que solucione esse impasse, da melhor maneira.

Do contrário são os piauienses que nada têm haver com essa desastrosa situação, que vão pagar o pato, de não receberem a verdadeira informação sobre os fatos. Eu quero continuar acreditando na maturidade daqueles que estão à frente de tão honrosa instituição.

Por: Tiago Mendes

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