Aproxima-se o dia da decisão na Câmara Municipal de
Parnaíba, onde os vereadores escolherão quem dentre eles vai presidir o poder
legislativo parnaibano. Na disputa vários nomes surgiram, mas até aqui apenas o
nome de Neta Castelo Branco (DEM) permaneceu.
A vereadora Neta foi o centro das atenções durante a sessão
ordinária desta segunda-feira (19), foi a primeira sessão que ela compareceu depois
do falecimento de seu filho no último dia 11 de dezembro. Neta foi
cumprimentada por todos os presentes no Plenário da Câmara todos deram mensagens
de apoio à ela pelo momento que enfrenta.
Mas foi durante a fala do atual presidente da Câmara vereador
Gustavo Lima (PSB), que foi possível notar, que a partir de hoje as articulações
em torno da sucessão presidencial foram retomadas. É, que Gustavo escolheu Neta
para burocraticamente coordenar a posse dos novos e reeleitos vereadores, assim
como a posse do prefeito eleito Mão Santa (SD) e do vice Samarone Pinheiro
(SD).
Mas além disso, uma reunião coordenada pelo vereador Ronaldo
Prado (PPL), foi notada também ao término da sessão, estiveram por lá
inicialmente os vereadores que voltarão em janeiro, e os novos como Francisco
da Paz (PRB) e Reinaldo Filho (PTB). A reunião aconteceu no gabinete da
vereadora Neta.
De acordo com Ronaldo Prado que foi quem coordenou o
encontro, o clima de unidade “Estamos todos fechados, em torno de uma câmara
melhor organizada e com pleno funcionamento” destacou Prado. Segundo o vereador
os nove votos necessários para eleger Neta como presidente, estão garantidos.
Enquanto isso, o líder da oposição vereador Carlson Pessoa
(PPS), foi chamado às pressas para uma reunião no escritório de transição do
prefeito eleito Mão Santa no prédio da FIEPI (Federação das Indústrias do
Piauí). Por lá, existe um interesse, que não vem do próprio Mão Santa, mas de
membros de sua equipe de transição para fazer um presidente aliado ao executivo
e eleger no dia 01 de janeiro de 2017.
Em três meses de articulação, foram dados alguns nomes para
que os vereadores que irão compor a base aliada de Mão Santa pudessem avaliar.
Carlson Pessoa e André Neves, foram colocados à prova na tentativa de
viabilizar seus nomes. Pessoa recuou e disse que apoiaria André Neves, mas para
saírem como vitoriosos eles precisariam de uma maioria simples, ou seja, a
mesma quantidade de votos que a vereadora Neta possui hoje, 09.
Um dos nomes cortejado pelo escritório da FIEPI foi o do
vereador Antônio Diniz (PSDC), que participou de reuniões em ambos os lados,
mas que se mostrou de decisão tomada nesta segunda-feira. No escritório de
transição, foi pedido o reforço do colega de partido de Diniz, o vereador
Joãozinho da Unimagem (PSDC), que tentou convencer o colega a votar na chapa “nova”.
Diniz deixou claro que suas decisões, teriam que passar
primeiramente pelo grupo que o apoia. Um provável apoio de Diniz à “novidade”
apresentada pelo escritório de transição. poderia ter como moeda de troca,
estruturas no executivo, que abrigariam o PSDC.
Pelo que já disse em seus discursos após a eleição, o
prefeito eleito Mão Santa quer enxugar a estrutura administrativa da
prefeitura, o que não inclui negociações como essa que acabou vazando.
Na democracia, é uma regra, tem a maioria aquele que sabe
agregar melhor. Os rumos no legislativo embora se consolidem apenas no dia
primeiro de janeiro, parecem ter se definido antes do natal.
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