domingo, 8 de abril de 2018

Entendendo a prisão de Lula



A prisão do ex-presidente Lula pode caracterizar diferentes formas de interpretações, mas a mais clara de todas elas é a de que o poder judiciário fez questão de mostrar para o ex-presidente que nenhum dos que a desafia fica impune.

A defesa de Lula nega a autoria do crime de corrupção passiva e afirma que o ex-presidente é inocente. Os discursos de Lula ao afirmar que era inocente traziam um pouco de ódio quando o mesmo chegava a desafiar as instituições do poder judiciário.

Mas foi a famosa frase de Lula “Se tentaram matar a jararaca não bateram na cabeça bateram no rabo” que desencadeou uma aceleração do poder judiciário para provar ou não, a sua culpa. Quanto mais a justiça avançava, Lula e seus admiradores também engrossavam o caldo.

Em um cenário assim a lógica aponta para o resultado que vimos poderes que se uniram em sua maioria para defender seus interesses, inclusive o de serem respeitados.

A história do ex-presidente e o legado de seu governo dificilmente serão apagados da memória dos brasileiros. Lula alcançou indicies de popularidade invejáveis para um político, mas por outro lado tentou usar de sua força e popularidade para frear a liberdade de imprensa e agora por último aumentar o tom de voz com as instituições judiciárias. Uma combinação que não poderia ter resultado diferente.

Quando seus apoiadores dizem que uma eleição sem Lula é golpe, eles se baseiam no acirramento da disputa que seria com o nome do ex-presidente. É fato, de que agora se Lula cumprir a pena de 12 anos de prisão, os outros segmentos da política ganharão força. Com isso teremos outras dimensões do cenário político nacional.

Nenhum de nós pode afirmar que o poder judiciário está “comprado” como já vimos em algumas manifestações de apoio a Lula, o coerente de quem defende o ex-chefe de estado e quem não o defende é esperar o final de toda essa história. Por que até aqui prevaleceu a lei do mais forte que acusa e ordena, contra a lei de quem entendeu ser o forte suficiente para desafiar e ficar por isso mesmo. Não se trata da importância de Lula para o Brasil o que a justiça entendeu é que ele precisava de um freio, e assim o fez.

Por: Tiago Mendes

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