Aliados históricos do prefeito Mão Santa (DEM), nunca
imaginaram que após a reeleição o encanto político que existia, se transformasse
em decepção.
A insatisfação vem desde os vereadores da base, até os simpatizantes
que até pouco tempo atrás eram ferrenhos “gladiadores de redes sociais”. No caso
dos vereadores, um grupo estava se formando em fevereiro deste ano para fazer
frente à Projetos de Lei que não são considerados “essenciais”, essa seria a
forma dos aliados chamarem a atenção do governo.
“Passou a campanha nem um obrigado nos deram, e já estamos
indo para o terceiro mês do ano, e eles só ignoram” relatou um dos mais
votados.
Já os históricos apoiadores que sempre marcharam ao lado de
Mão Santa, recorreram a grupos de mensagens, para expor suas insatisfações, e
na maioria dos casos eles culpam o atual secretário de governo Fábio Barros de
tentar blindar o prefeito. Mão Santa que é conhecido como um dos políticos mais
acessíveis do Piauí.
As mudanças no secretariado do governo Mão Santa também tem
trazido decepções, há uma semana o ex-secretário de educação Rafael Alves foi substituído
pela professora Fátima Silveira, a troca de gestores da pasta foi repentina, e
surpreendeu a muitos servidores, mensagens de apoio foram postadas em redes
sociais, um clima bem diferente do que se costumava ver.
As mudanças não tem sido feitas para enxugar gastos na
máquina pública, pelo menos não é o que se observa a cada nova publicação do
Diário Oficial do Município. Em tempos de aulas remotas, a prefeitura quer
comprar liquidificadores industriais, que não saem por menos de R$ 800 cada um.
E dinheiro público parece de fato não ser o problema, na
câmara municipal a maioria dos vereadores, aprovou o Projeto de Lei do
Executivo, que autoriza a prefeitura a comprar um imóvel antigo em área
tombada, que pertence à família de um dos secretários de Mão Santa. O “Karnakinho”
como batizou o prefeito vai custar R$ 700 Mil aos cofres públicos, fora a as
reformas e adaptações que devem ser feitas antes do prédio se tornar o palácio
municipal.
Nos corredores da prefeitura, até hoje se comenta a saída de
Emerson Raminho, era ele o homem de confiança da gestão. O contador pediu
exoneração do cargo esta semana. Os motivos ainda são desconhecidos, mas
servidores relatam terem ouvido discussões entre ele e a secretária Gracinha a
filha do prefeito.
Há suspeitas de que a saída de Emerson tenha haver com
prestações de contas, que já excederam os prazos junto ao TCE-PI (Tribunal de
Contas do Estado).
Se de fato as suspeitas se confirmarem, os planos que
envolvem o sonho da prefeitura de eleger um representante na câmara federal,
pode mudar da água pro vinho.
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