Quem diria! Preterida na chapa majoritária do governador Wellington
Dias para manter a vaga de vice, a advogada Margarete Coelho está sendo
cogitada agora ao cargo de vice-presidente, na chapa encabeçada pelo
tucano Geraldo Alckmin. O nome dela aparece junto com a indicação de
outras mulheres, como a senadora Ana Amélia e a mulher do ministro das
Cidades, a empresária Luana Baldy. Outro nome indicado para ocupar essa
vaga foi o do presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Benjamin
Steinbruch, que também já havia sido cotado para compor chapa com Ciro
Gomes.
O PP, como se sabe, é um dos artífices do bloco de centro no
Congresso, que deve anunciar nesta quinta-feira seu apoio formal ao
ex-governador de São Paulo. A ideia era, já nesta ocasião, anunciar o
nome do vice ou da vice. O martelo ainda não foi batido. Em recente
visita ao Nordeste, Alckmin falou com simpatia sobre a possibilidade
do(a) seu(sua) companheiro(a) de chapa vir desta região, para alcançar
maior penetração em uma área predominantemente dominada pelo sentimento
lulista.
Além de ser nordestina, Margareth garantiria a presença feminina nesta disputa.
As nuvens se movem
Quem acompanha a política piauiense não pode se queixar de monotonia.
Todo dia surge um fato novo para mover as peças do tabuleiro e
reorganizar ( ou seria desorganizar?) o jogo. Depois do escanteio dado
no presidente da Assembleia, Deputado Themístocles Filho (MDB), o
eleitor foi surpreendido com a desistência da pré-candidatura ao Senado
pelo Dr. Pessoa (Solidariedade), que se animou para concorrer à vaga de
governador. Foi o suficiente para alterar os planos do então candidato
ao governo, Elmano Férrer ( Podemos), que jogou a toalha e decidiu
voltar à Brasília para concluir seu mandato no Senado.
Essa alteração de forças tem reflexos diretos na candidatura do
governador Wellington Dias (PT), que nadava tranquilo em águas calmas
rumo à sua reeleição. Ele continua o favorito, mas agora tem um
concorrente no calcanhar, que já não o deixa mais tão folgado quanto
antes.
O candidato tucano, Deputado Luciano Nunes, também se movimenta nesse
cenário de instabilidade, procurando o que sobrou das candidaturas
desfeitas e dos sonhos não correspondidos na formação da chapa oficial.
Ele acha que é possível fazer uma boa pescaria nesse oceano de águas
turbulentas.
A pouco mais de dois meses do primeiro turno, o eleitor pode se
preparar para acompanhar ainda algumas mudanças que surgirão no
percurso. As convenções do MDB e do PT, assim como a do PSDB, só devem
acontecer no final da próxima semana. Eles vão usar o prazo que ainda
resta para adaptar as peças políticas que, aqui, estão se movendo mais
que as nuvens do mineiro Magalhães Pinto.
Por: Cláudia Brandão
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