quarta-feira, 30 de junho de 2021

Quando um vice pode assumir?


 

Nos bastidores da política parnaibana, tinha gente muito cedo questionando a demora do tratamento de saúde do prefeito Mão Santa (DEM), que segue internado desde o fim de semana, em um hospital particular em Teresina.


O prefeito de Parnaíba se afastou do gabinete para cuidar de sua saúde, após ter recebido diagnóstico positivo da COVID 19 no dia 27 de maio. Mão Santa já tinha sido imunizado com as duas doses da vacina CoronaVac, em notas enviadas para a imprensa, a prefeitura sempre informava que o prefeito apresentava sintomas leves de uma gripe.


Despachando de casa, o chefe do poder executivo de Parnaíba assinou documentos até o dia 25 de junho, como mostra o Diário Oficial do Município. Mas no sábado Mão Santa sofreu um acidente doméstico em casa. De acordo com a família o prefeito ficou desacordado por alguns instantes.


Mão Santa foi levado no avião do sobrinho e ex-governador Zé Filho para Teresina, onde passou por avaliações médicas até se confirmar, que não houve traumas em sua coluna.


Mesmo estando afastado há 33 dias do gabinete, o prefeito manteve a maior parte desse tempo em atividade remota, o que assegura ao gestor o direito de permanecer na cadeira.


Uma espécie de conspiração no cenário político, começou a ganhar força nessa semana, e o principal questionamento, foi o prazo de ausência do prefeito de suas funções, e a não substituição pelo vice-prefeito Beto Teles (PP).


Para que houvesse essa mudança, Mão Santa teria que estar afastado das funções por meio de pedidos formalizados por ele mesmo, ou que houvesse necessidade de um deslocamento do prefeito para fora de seu domicílio em um período superior à 15 dias, como diz o regimento interno da câmara, onde a licença teria que ser aprovada em plenário, o que não é o caso.


“E  um paciente que sai de uma covid aos 78 anos, tem todo direito de trabalhar sem ser presencial no início pra não pegar uma bactéria oportunista por exemplo” disse a filha Maria das Graças.


Nossa reportagem ouviu na câmara vereadores da base e da oposição sobre o assunto. Os opositores sequer comentam a possibilidade de provocar essa discussão, eles falam que o momento é delicado e requer apoio.


Já o presidente da câmara vereador Carlson Pessoa (DEM), disse que não tramita e não há até o presente momento nenhuma hipótese de discutir e aprovar a licença.

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