O vereador Carlson Pessoa (PPS), líder do governo na Câmara
Municipal terá uma queda de braço com os demais vereadores nesta sexta-feira
(02), é que após viagem à Teresina onde visitou a Câmara de lá, o vereador quer
propor a alteração no calendário da Câmara daqui, e já percebeu que encontrará
resistência.
A proposta de Carlson é estender os dias de expediente dos
vereadores ao longo dos meses. Atualmente o regimento determina que os
vereadores devem trabalhar do primeiro até o décimo quinto dia útil de cada mês
(Com exceção dos meses de recesso), ficando disponíveis no restante dos dias do
mês para atenderem os chamados do poder executivo ou de atividades da própria câmara,
quando houver.
Na alteração proposta pelo vereador do PPS, a câmara
trabalharia a mesma quantidade de dias durante o mês, mas de forma estendida,
ou seja, o expediente seria dividido entre os dias da semana (Terça, Quarta e
Quinta), os vereadores teriam os demais dias para realizarem suas atividades fora
do plenário.
“A proposta, é ampliar nossa presença em plenário ao longo
dos meses, e isso nos deixaria em maior sincronia com os anseios da sociedade;
imagine que, se houver uma necessidade de apresentar requerimentos com urgência,
sobre algo que esteja dentro dos quinze dias em que não estaremos em plenário,
as pessoas terão que aguardar o início do mês seguinte para que possamos
discutir o problema e apontar uma solução. Isso mudando, a realidade também
muda” explicou Carlson Pessoa.
O BTM apurou que o vereador já havia discutido o assunto com
alguns colegas, e que os mesmos teriam sinalizado apoio à alteração que Carlson
propõe. O líder do governo se mostrou surpreso com a mudança de pensamento dos
que antes apoiavam a iniciativa, e que hoje declinaram de suas posições.
A ideia divide o parlamento municipal, e para ser votada, essa
proposta teria que contar com pelo menos 12 assinaturas dos 17 vereadores, do
contrário terá que ir para as comissões. Até o fechamento dessa nota, ouvimos
seis vereadores que se mostram contra a mudança, o que significa dizer, que se
hoje com esse total de seis votos contrários à proposta, não há as 12
assinaturas que precisam constar para que a proposta siga rumo à votação.
“Na verdade essa proposta não se sustenta, porque se
consideramos os finais de semana de um mês de expediente, a casa trabalha doze
dias, na ideia que se discute, a casa também vai trabalhar doze dias. Nós nunca
deixamos de trabalhar aqui durante quinze dias, temos nossas atividades
externas que se encaixam nesses dias restantes, é onde ouvimos as pessoas”
disse o Vereador Beto (PP), afirmando que em todas as convocações feitas aos
vereadores fora do expediente normal, nenhum deles deixou de ir. Essa fala de
Beto contrapõe a ideia da falta de urgência defendida por Carlson.
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