segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Primeiro dia de aulas presenciais é marcado por baixa frequência e denúncias de falta de estrutura em escolas



Diferente do que afirmou a secretária municipal de educação Fátima Silveira, em entrevista à Rádio Liderança na sexta-feira (17), nem todas as escolas municipais tiveram aulas presenciais nesta segunda-feira (20).

Na escola Roland Jacob estão matriculados pouco mais de 400 alunos do ensino fundamental no turno manhã, a tarde pouco mais de 300 alunos do programa de escola para jovens e adultos (EJA), mas a adesão no primeiro dia anunciado pela SEDUC foi menor que o esperado, cerca de 20% dos alunos compareceram.

“Nós ainda estamos em reunião com os pais e com os responsáveis pelos alunos, para mostrar como iremos trabalhar, e assim ter a autorização deles. A partir de amanhã a expectativa é que tenhamos mais alunos em sala de aula” explicou Jaira Farias diretora da escola.

Os alunos que retornaram para a escola neste primeiro dia de aula presencial, notaram a diferença imposta pelos protocolos de saúde, desde a entrada com a aferição de temperatura até o distanciamento entre as cadeiras.

“Precisamos recuperar o tempo que foi perdido” disse o estudante Clailton do 8º ano.

Nossa reportagem percorreu algumas escolas da rede municipal de ensino para acompanhar como cada uma estava funcionando. No Roland Jacob o professor Gregório Monteiro dava aula para duas alunas.

“Eu já cheguei a dar aula para uma sala com vinte e oito alunos antes da pandemia, mas se temos só dois daremos também” disse Monteiro.

Mas nem todos os professores da rede municipal de ensino concordam com a retomada das aulas presenciais. Os que divergem denunciam a falta de EPI´s (Equipamento de Proteção Individual) para os professores e alunos, além da falta de estrutura de algumas escolas que precisam de intervenção urgente.

Na sexta-feira durante uma manifestação de professores do município, um mãe de dois alunos denunciou a falta de estrutura na escola municipal Antônio Seligman e disse que não mandaria seus filhos para a escola até que a situação se resolva.

Além de problemas estruturais, Andrea Olival questionou o destino da merenda escolar que deveria ter sido distribuída para os alunos através de kits “Ninguém sabe me responder para onde foram os mais de hum milhão de reais destinados para a merenda aqui em Parnaíba” desabafou a mãe.

A secretária Fátima Silveira já havia dito que as famílias com alunos matriculados nas escolas do município recebem regularmente os kits.

Na escola municipal Antônio Seligman nossa equipe foi impedida de registrar como estão as dependências da unidade, a diretora também se negou a prestar esclarecimentos já que as aulas por lá não aconteceram como havia prometido a secretaria de educação.

“A secretaria me orientou a não dar nenhuma informação” disse.

Um grupo formado por mães de alunos que estudam na mesma escola, e que não conseguem respostas da direção e da secretaria foi até a sede do Ministério Público, hoje pela manhã, formalizar uma denúncia. Elas querem transparência nas informações.


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