O governo
da Venezuela criticou nesta segunda-feira (25) as restrições de viagem
que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs a cidadãos
venezuelanos por meio de um novo decreto, acusando-o de praticar
"terrorismo psicológico" com este tipo de proibição.
Trump, ao renovar a lista de nações afetadas pelos vetos de viagem, manteve cinco países de maioria muçulmana e acrescentou Coreia do Norte, Chade e Venezuela, argumentando razões de segurança.
As restrições aos venezuelanos se concentraram em funcionários do
governo socialista, incluindo membros do Serviço Bolivariano de
Inteligência Nacional (Sebin) e familiares. Quem estiver na lista não
pode ingressar em solo norte-americano.
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela disse em um
comunicado que "rechaça categoricamente a decisão irracional do governo
dos Estados Unidos da América de catalogar uma vez mais o nobre povo
venezuelano como uma ameaça à sua segurança nacional".
"Estes tipos de listas, vale sublinhar, são incompatíveis com o direito
internacional e constituem em si mesmas uma forma de terrorismo
psicológico e político", acrescentou o comunicado.
A chancelaria venezuelana, que também acusou Washington de tentar
"estigmatizar" a Venezuela ao incluí-los nesta lista, advertiu que
estudará "todas as medidas necessárias" para se defender, sem dar
maiores detalhes.
As novas restrições, que entrarão em vigor em 18 de outubro, resultaram
de uma revisão do governo Trump, uma vez que as medidas impostas
inicialmente foram suspensas nos tribunais e provocaram indignação
internacional.
As medidas se somam às sanções financeiras que Trump já aplicou a cidadãos ligados ao governo de Caracas.
Fonte: G1
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