Os desdobramentos mais recentes nos bastidores da política
parnaibana, mostram que os vereadores do segundo colégio eleitoral do estado do
Piauí, ainda terão o ano de 2017 para analisar como fazer as mudanças
necessárias do parlamento.
A primeira delas é a alteração para compor a mesa diretora, que
atualmente conta com 10 membros do total de 17 vereadores. A principal
reclamação para que se mude essa composição, é justificada quando se forma uma
única chapa impossibilitando pelo número total a participação de sete
vereadores para concorrer. Desta forma, a chapa única acaba sendo sempre
aclamada desde a década de 90 quando foi feito o atual regulamento.
Naquela época já faziam parte da composição vereadores como
Geraldo Alencar (PSB), que já ocupou todos os cargos, inclusive o de presidente
da câmara ao longo desses vinte anos que se passaram. Ele já deixou claro em
alguns momentos poderá colocar novamente seu nome para concorrer.
Além dele figuram como pretensos candidatos à presidência os
nomes dos vereadores Carlson Pessoa (PPS), Ricardo Veras (PSD) e Neta Castelo
Branco (DEM). Neta que já presidiu a casa por três mandatos seguidos, teve seu
nome citado esta semana na imprensa, como a candidata da atual base governista,
mas com o poder de agregar politicamente mesmo na oposição a partir de janeiro.
Essa mesma base governista atual, quando percebeu a
articulação do vereador Carlson Pessoa atual líder da oposição, tentou propor a
vice-presidência à ele em uma chapa composta com o vereador Beto (PP), e nesse cenário o nome
de Ricardo Veras não surge como protagonista.
Procurado por nossa reportagem, o vereador progressista Beto
confirmou que houve essa proposta, mas que ele abdicou de lançar seu nome. Neste
caso restam os nomes de Carlson, Neta e Ricardo como prováveis candidatos à presidência.
Ao BTM, o vereador Carlson Pessoa disse que é provável o lançamento
de seu nome para concorrer, mas que não “venderá sua alma” por esse cargo,
deixando claro que não aceitaria condições impostas para estar na composição da
mesa diretora. Pessoa transparece o desejo de ocupar o cargo com o objetivo de
agregar o parlamento ao executivo, e de proporcionar maior competitividade
entre os demais nomes, apostando em uma composição de membros, que permite mais
de uma chapa na disputa.
No caso da vereadora Neta, temos um cenário onde ela terá
como quase certo o voto dos vereadores que passarão a ser oposição em janeiro,
ou seja, estima-se que o número de opositores será em torno de 6 à 7. Agregar politicamente
com esse cenário melhor equilibrado no legislativo, dará à ela uma nova experiência
política, que se confirmada terá o papel de diálogo com o próximo prefeito Mão
Santa (SD).
Esses cenários que acabamos de abordar pode ter também o
nome de Ricardo Veras caso ele mantenha a pré-candidatura. As mudanças que
devem acontecer na casa precisarão de mais 12 meses de teste no máximo para
serem colocadas em prática.
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