Não costumo utilizar este espaço para dar satisfações sobre
minha vida profissional e muito menos pessoal. Mas abro um parêntese para
esclarecer uma dúvida que há muito deveria nem mais existir, jornalismo tem
lado?
Depende de quem o faz, eu, por exemplo, sou destes que
acredita em uma imprensa livre e, que conseqüentemente acaba ajudando no crescimento
de uma sociedade mais justa para todos. Quando um veículo de comunicação se
porta ao seu público de maneira isenta, este desfruta de uma credibilidade que
outros não conseguem conquistar. Jornalismo tem que ser imparcial, ouvir sempre
e acima de qualquer coisa, os dois lados de uma história.
Esta semana me surpreendi com a afirmação de um colega de
profissão ao dizer que, para uns a notícia pode ser dada, enquanto que, para
outros a mesma notícia deveria ser ocultada. Essa espécie de comportamento me
faz lembrar a ditadura “Eu escolho quem são os bons, os maus eu os queimarei”. Caramba,
o que faz um “gênio” acreditar que em pleno século que vivemos, há a possibilidade de se ocultar qualquer que seja
a informação? Informação é um direito de todos.
Não faz muito tempo que Parnaíba se libertou de uma maneira
meio complicada, para não dizer inconveniente, de se fazer “comunicação” e isso
foi um avanço conquistado em todo o país. Mas que pena que ainda tem gente com
a mentalidade “Curtinha” achando que jornalismo é circo. Não. Jornalismo não é
circo, não tem que vestir cores, apenas tem que informar, esse sim é o papel do
verdadeiro jornalista, não servir de “garoto (a)” de recado.
Reitero o meu respeito a todos os colegas pela maneira em
que desempenham seus trabalhos, mas repudio, toda e qualquer tentativa de
intimidação ao jornalismo livre. Essa, será a pior das maneiras para lidar
comigo e com quem segue por este caminho. Para finalizar meu desabafo, vou
utilizar um trecho da oração de São Francisco que é inclusive, um santo
bastante presente na vida de quem quer pregar uma velha regra “É dando que se recebe”.
Tiago Mendes
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